Descubra como sair das dívidas com pouco dinheiro com estratégias práticas. Veja o que fazer quando se está muito endividado e recupere sua estabilidade!
Introdução
Sair das dívidas é o desejo de milhões de brasileiros que se veem presos em um ciclo de contas atrasadas, juros altos e noites mal dormidas. Quando a renda é curta e os compromissos são muitos, a situação parece sem saída. E se você está muito endividado e com pouco dinheiro sobrando no fim do mês (ou nenhum), é natural sentir ansiedade, frustração e até vergonha. Mas acredite: existe, sim, um caminho possível.
Dados recentes da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelam que 76,1% das famílias brasileiras estão endividadas. Esse alto índice de endividamento mostra que grande parte da população brasileira vive no limite, muitas vezes recorrendo ao crédito para cobrir despesas básicas como alimentação, saúde e moradia.
Neste artigo, você vai descobrir que sair das dívidas, mesmo com recursos limitados, é totalmente viável. Não é mágica, mas sim uma combinação de pequenas mudanças de comportamento, escolhas conscientes e organização financeira. O primeiro passo é reconhecer o problema e entender que você não está sozinho: milhões de brasileiros enfrentam essa mesma realidade todos os dias.
Seja por imprevistos como desemprego ou doença, ou por hábitos que fogem do controle, o resultado é o mesmo: dívidas acumuladas, crédito comprometido e uma sensação de impotência. Mas essa história pode mudar. Com informação, planejamento e disciplina, você pode virar o jogo.
Ao longo deste artigo, vamos explorar estratégias práticas para quem está muito endividado e precisa sair das dívidas mesmo com pouco dinheiro. Você vai aprender a priorizar pagamentos, negociar com credores, cortar gastos desnecessários e, principalmente, a recuperar o controle da sua vida financeira. Não importa o tamanho da dívida ou a sua renda atual, o que importa é a sua disposição em dar o primeiro passo.
Vamos juntos transformar a sua relação com o dinheiro e construir, passo a passo, o caminho para uma vida mais leve, organizada e sem dívidas?
Dívidas: como elas se acumulam e por que são um problema?

Para sair das dívidas com pouco dinheiro, o primeiro passo é entender como elas surgem e por que se tornam um problema tão sério. Muita gente imagina que estar endividado é resultado de irresponsabilidade, mas a realidade é bem diferente.
Na maioria dos casos, as dívidas começam de forma silenciosa e até compreensível: um empréstimo feito para lidar com uma emergência médica, o uso do cartão de crédito para fechar o mês, ou uma compra parcelada que parecia caber no orçamento, mas não foi planejada com cuidado.
O problema começa quando essas dívidas não são quitadas no prazo e os juros começam a se acumular. No Brasil, os juros do cartão de crédito e do cheque especial estão entre os mais altos do mundo. Um simples atraso pode transformar uma dívida pequena em um valor impagável em poucos meses. É aí que nasce o efeito bola de neve: quanto mais tempo passa, mais difícil fica sair do vermelho.
Além disso, muitas pessoas recorrem a novos empréstimos para pagar dívidas antigas, o que pode parecer uma solução imediata, mas geralmente só empurra o problema para frente. Se isso for feito sem uma reestruturação das finanças, o resultado é um ciclo vicioso de endividamento que parece não ter fim. A pessoa paga uma dívida aqui, assume outra ali, e o saldo negativo só cresce.
Mas o impacto das dívidas vai além das finanças. Elas afetam a saúde emocional, geram ansiedade, insônia, estresse crônico e até depressão. Também comprometem relacionamentos, produtividade no trabalho e a autoestima. Quando as dívidas tomam conta da vida, é comum sentir que tudo está fora de controle, e essa sensação pode paralisar.
Por isso, é tão importante falar sobre o problema sem julgamentos e buscar soluções reais. Entender a origem do endividamento, analisar os hábitos de consumo, saber quanto se ganha e quanto se gasta, e aprender a negociar com os credores são passos fundamentais para sair dessa situação, mesmo que você esteja muito endividado e com pouco dinheiro disponível.
O mais importante é saber que existe uma saída. Nenhuma dívida é eterna, e com comprometimento e informação, é possível retomar o controle da sua vida financeira.
Mudança de Mentalidade: Sacrifícios São Necessários
O primeiro e mais poderoso passo para sair das dívidas, especialmente quando se tem pouco dinheiro, é mudar a forma como você enxerga o dinheiro e as suas prioridades. Isso começa com uma mudança de mentalidade. Não adianta apenas buscar fórmulas mágicas ou esperar um aumento de renda se a maneira como você lida com o dinheiro continuar a mesma.
Sacrifícios são inevitáveis, e muitas vezes, dolorosos. Mas também são temporários e necessários para que você construa uma base financeira sólida no futuro. É hora de entender que abrir mão de alguns confortos agora é um investimento em liberdade e tranquilidade lá na frente.
Isso pode significar:
- Cancelar assinaturas de streaming que você quase não usa;
- Evitar pedidos de delivery e cozinhar mais em casa;
- Rever o uso do carro e optar por transportes mais baratos ou dividir caronas;
- Reduzir idas a bares, compras por impulso ou aquele cafezinho diário na padaria que parece pouco, mas pesa no fim do mês.
Não é sobre viver uma vida miserável, mas sim sobre fazer escolhas conscientes, alinhadas ao seu objetivo maior: quebrar o ciclo das dívidas. Muitas vezes, esses cortes revelam que é possível viver com menos do que você imaginava, e que o que realmente traz satisfação não são os gastos, mas a paz de espírito de saber que as contas estão em ordem.
Além disso, é importante trocar a mentalidade imediatista por uma visão de longo prazo. Em vez de pensar “eu mereço isso agora”, pergunte-se: “o que eu quero conquistar no futuro?” Ter essa clareza vai te ajudar a manter o foco, mesmo quando for difícil.
E lembre-se: toda mudança exige esforço, mas também traz crescimento. Ao adotar uma nova postura em relação ao dinheiro, você estará construindo não apenas um plano para pagar dívidas, mas uma nova forma de viver, mais leve, mais consciente e mais sustentável.
O que fazer quando se está muito endividado?

O primeiro passo é parar de ignorar o problema. Muitas pessoas evitam olhar suas dívidas por medo ou vergonha, mas enfrentar a realidade é essencial. Aqui estão algumas ações fundamentais:
Liste todas as suas dívidas:
Organize suas dívidas em um caderno, planilha ou aplicativo. Inclua:
- Nome do credor;
- Valor total da dívida;
- Taxa de juros;
- Data de vencimento;
- Valor da parcela (se houver).
Esse levantamento é essencial para ter uma visão clara do tamanho do problema. Você só pode resolver aquilo que entende.
Calcule sua renda e gastos:
Entenda o seu orçamento atual. Quanto você realmente ganha por mês? E quanto está saindo, inclusive com pequenos gastos do dia a dia? Divida seus gastos entre essenciais (moradia, alimentação, transporte) e supérfluos. Esse diagnóstico vai mostrar onde estão os excessos e onde você pode cortar.
Negocie com credores:
Não tenha medo de entrar em contato com bancos, empresas e lojas onde você está devendo. Muitas vezes, eles preferem receber um valor menor do que não receber nada. Peça:
- Descontos para pagamento à vista;
- Parcelamentos com juros mais baixos;
- Redução de encargos.
Aguarde campanhas de renegociação, como o Desenrola Brasil, que oferece condições facilitadas para limpar o nome e sair do SPC/Serasa.
Priorize as dívidas mais caras:
Nem toda dívida é igual. Dê prioridade para aquelas com juros altos e que crescem mais rápido, como:
- Cartão de crédito;
- Cheque especial;
- Empréstimos com taxas elevadas.
Pagar essas dívidas primeiro evita que elas se tornem impagáveis.
Evite novas dívidas:
Durante esse período de recuperação financeira, evite qualquer novo parcelamento ou uso de crédito. Viver com o que você tem é a chave para sair do vermelho. Cancele cartões se for preciso, deixe de usar cheque especial e corte gastos até equilibrar o orçamento.
Considere a portabilidade de crédito:
Pouca gente conhece essa opção, mas ela pode ser uma saída inteligente. A portabilidade permite transferir sua dívida para outra instituição que ofereça juros menores ou prazos mais vantajosos, sem custos adicionais. Isso pode reduzir o valor das parcelas ou melhorar o prazo de pagamento.
Busque apoio:
Se estiver perdido, procure ajuda. Além de programas como o Desenrola Brasil, existem ONGs, serviços do Sebrae e até instituições financeiras que oferecem orientação gratuita. Aprender sobre finanças é o melhor investimento que você pode fazer.
Ao seguir esses passos, você já estará no caminho certo para organizar suas finanças e evitar o endividamento excessivo.
Crie uma Planilha de Orçamento

Sem controle dos gastos, é impossível sair das dívidas, especialmente quando se tem pouco dinheiro disponível. O descontrole financeiro geralmente começa na falta de clareza: você não sabe exatamente para onde o dinheiro está indo, apenas sente que ele “some” ao longo do mês.
A ferramenta mais simples e poderosa para mudar essa realidade é uma planilha de orçamento pessoal. Com ela, você passa a enxergar cada centavo que entra e sai da sua conta. E o melhor, você começa a tomar decisões mais conscientes e estratégicas com o seu dinheiro.
Como começar?
Você pode usar o que estiver mais acessível:
- Um caderno;
- Uma planilha no Excel ou Google Sheets;
- Aplicativos gratuitos de finanças pessoais.
O importante é começar agora.
O que incluir na sua planilha?
1. Receitas (tudo que entra)
- Salário;
- Renda extra;
- Ajuda familiar;
- Bicos ou comissões.
2. Despesas fixas (as que não mudam muito mês a mês)
- Aluguel;
- Contas de luz, água, internet;
- Transporte;
- Escola dos filhos.
3. Despesas variáveis (as que podem ser controladas)
- Alimentação fora de casa;
- Lazer;
- Compras não planejadas;
- Delivery e aplicativos.
4. Dívidas e parcelas
- Cartão de crédito;
- Empréstimos;
- Financiamentos;
- Boletos em atraso.
5. Objetivo do mês
- Valor que pretende economizar;
- Quanto pode destinar para pagar dívidas.
Exemplo prático: o almoço de todo dia
Pequenas escolhas fazem grande diferença.
Se você almoça fora todos os dias e gasta R$25 por refeição, isso representa cerca de R$550 por mês (considerando 22 dias úteis).
Agora, imagine que você comece a levar marmitas de casa, gastando cerca de R$5 por refeição. O gasto mensal cai para R$110. Essa diferença de R$440 pode ser usada para quitar as suas dívidas.
E isso é só um exemplo. Ao registrar os gastos com clareza, você perceberá vários outros pontos de economia possível no seu dia a dia.
Benefícios de manter uma planilha:
- Você evita surpresas no final do mês;
- Começa a planejar o pagamento de dívidas com mais estratégia;
- Aprende a viver dentro do seu padrão real de vida;
- Cria o hábito de economizar e ter metas financeiras concretas;
- Consegue, aos poucos, sair do vermelho e manter-se longe dele.
Dicas práticas para evitar novas dívidas

Sair das dívidas é uma grande conquista, mas o desafio real começa depois: não voltar a se endividar novamente. Muitas pessoas conseguem limpar o nome, mas por falta de planejamento e educação financeira, acabam repetindo os mesmos erros. Para evitar esse ciclo, é preciso adotar hábitos saudáveis e fazer escolhas conscientes todos os dias.
Aqui estão algumas dicas práticas e realistas para manter sua vida financeira sob controle e ficar longe das dívidas de forma definitiva:
Tenha uma reserva de emergência:
Crie uma reserva de emergência, mesmo que pequena, pois imprevistos sempre acontecem, um problema de saúde, conserto do carro, perda de renda… E quando você não tem dinheiro guardado, o reflexo imediato é usar o cartão de crédito ou fazer um empréstimo, e assim a bola de neve recomeça.
Comece com pouco. Se conseguir guardar R$50 por mês, já é um bom começo. O importante é criar o hábito. A reserva de emergência funciona como um escudo contra novas dívidas.
Use o cartão de crédito com sabedoria:
O cartão de crédito não é vilão, o problema é o uso descontrolado. Parcelar não torna uma compra mais barata, apenas divide o problema em várias partes.
- Sempre acompanhe os gastos do cartão antes da fatura fechar
- Se não pode pagar à vista, repense a compra.
- Evite manter vários cartões.
- Estabeleça um limite pessoal abaixo do valor que o banco oferece.
Aprenda sobre educação financeira:
Você não precisa ser um especialista para tomar boas decisões com seu dinheiro. Hoje existem livros, vídeos, blogs, podcasts e cursos gratuitos que ensinam conceitos essenciais de forma simples.
Aprender sobre:
- Como funcionam os juros;
- Como montar um orçamento;
- Como poupar e investir…
Toda essa facilidade te dá poder para fazer escolhas conscientes e evitar armadilhas financeiras.
Evite financiamentos longos:
A tentação de comprar um carro ou eletrodoméstico em 36x pode ser grande, mas pense bem: quanto mais longo o prazo, mais juros você paga e mais tempo você ficará comprometido com aquela dívida.
Sempre que possível, junte parte do valor antes de comprar ou procure alternativas mais simples e acessíveis. O financiamento deve ser uma exceção, não a regra.
Estabeleça metas financeiras:
Ter objetivos definidos — como quitar todas as dívidas, viajar, montar uma reserva, comprar algo importante — dá propósito ao seu dinheiro. Isso ajuda a evitar compras por impulso, pois você estará comprometido com algo maior.
Exemplo de metas:
- Juntar R$1.000 em 6 meses;
- Pagar uma dívida específica até dezembro;
- Viver apenas com dinheiro do débito por 3 meses.
Coloque suas metas no papel, defina prazos e acompanhe seus avanços.
Alternativas para gerar renda extra e acelerar o pagamento das dívidas
Se o orçamento está apertado, aumentar a renda pode ser uma excelente solução. Aqui estão algumas ideias:
Freelancer online:
Se você tem habilidades em redação, design, edição de vídeos, tradução, programação ou marketing digital, pode oferecer seus serviços em plataformas como:
Você pode começar com projetos pequenos e ir ganhando experiência e avaliações, o que aumenta suas chances de conseguir novos trabalhos e melhores pagamentos.
Venda de produtos:
- Doces caseiros, bolos no pote, pães artesanais ou marmitas são ótimos para vender na vizinhança, no trabalho ou pela internet.
- Artesanato, crochê, bijuterias e itens personalizados têm boa saída em feiras ou redes sociais.
- Roupas usadas ou objetos que não usa mais podem ser vendidos em apps como Enjoei, OLX ou Mercado Livre.
- Produtos digitais como e-books simples ou apostilas podem ser criados e vendidos com baixo custo.
Com criatividade e dedicação, até um hobby pode virar fonte de renda.
Aplicativos de serviços:
Se você tem um carro, moto ou até bicicleta, pode trabalhar nos seus horários livres em plataformas como:
- Uber ou 99 (motorista);
- iFood, Rappi ou Uber Eats (entregador);
- GetNinjas (serviços gerais e autônomos).
Esses apps permitem trabalhar quando quiser e, em muitos casos, ganhar mais nos finais de semana.
Aulas particulares:
Se você tem conhecimento em alguma área, como matemática, inglês, informática, música ou até costura, pode oferecer aulas particulares para crianças, jovens ou adultos.
- Use grupos de bairro, redes sociais ou sites como:
- Superprof
- Profes
- Meetup (para workshops presenciais)
- Com a alta demanda por reforço escolar e cursos livres, essa é uma excelente forma de rentabilizar o que você já sabe.
Programas de afiliados:
Você pode ganhar comissões indicando produtos de outras pessoas ou empresas. Basta se cadastrar em plataformas como:
- Hotmart
- Eduzz
- Monetizze
- Amazon Afiliados
Depois, você recebe um link personalizado e divulga em grupos, redes sociais, WhatsApp ou blog. Cada vez que alguém compra através do seu link, você recebe uma porcentagem.
Mesmo que você não tenha muitos seguidores, nichos bem escolhidos e boas estratégias de divulgação podem gerar ótimos resultados com o tempo.
Benefícios de se livrar das dívidas
O impacto de estar livre das dívidas vai além das finanças. A tranquilidade mental, a melhora na qualidade de vida e a possibilidade de planejar o futuro são recompensas valiosas. Além disso, você terá mais liberdade para investir em sonhos e objetivos de longo prazo.
Ter o nome limpo também permite melhores condições de crédito, caso precise de um financiamento para um bem essencial, como uma casa ou um carro. Além disso, a disciplina adquirida durante esse processo pode transformar para sempre sua relação com o dinheiro.
Conclusão
Superar o endividamento é um desafio, mas com planejamento e disciplina, é totalmente possível. Sair das dívidas exige mudanças de hábitos e um olhar mais atento para as finanças, mas os benefícios são inestimáveis.
Agora que você sabe o que fazer quando se está muito endividado, coloque as dicas em prática e dê o primeiro passo rumo à liberdade financeira. Comece hoje e transforme sua vida!
Lembre-se: sua relação com o dinheiro pode mudar completamente se você assumir o controle. Pequenas atitudes diárias fazem toda a diferença. Você merece uma vida financeira equilibrada e sem preocupações com dívidas!
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